quarta-feira, dezembro 28, 2011

Comentário de Livro Bíblico: 1 Samuel

Está no Portal Evangélico Compartilhando Na Web 30/07/2007.

Autoria e Data
O autor de 1 Samuel não é nomeado no livro, mas é provável que Samuel ou tenha escrito ou fornecido a informação para o livro. Lembramos sempre a questão de direitos autorais no mundo antigo: autor não é só quem de fato escreveu, mas é aquele que começa a contar a história.
  
Mas algo que fortalece a ideia de que o autor de 1 Samuel é o próprio Samuel (pelo menos de boa parte do texto - antes de sua morte): o texto de 1 Crônicas 29.29.
  
Por causa da referência à cidade de Ziclague, que “pertence aos reis de Judá, até o dia de hoje” (27.6), e por outras referências a Judá e a Israel, concluímos que 1 Samuel foi terminado depois da divisão da nação em 931 a. C. Além disso, como não há menção à queda de Samaria em 722 a. C., deve ser datado antes deste evento. 
   
O livro
Israel havia sido governado por juizes que Deus levantou em momentos cruciais da história da nação. Mesmo assim, a nação havia se degenerado moralmente e politicamente. Havia estado sob a investida violentas e desalmadas dos filisteus.
  
Em meio a essa confusão política e religiosa, surge Samuel, concebido milagrosamente, filho de Ana. Ele pode ser considerado definitivamente como o último juiz de Israel que, além disso, inaugurou o período dos profetas mais reconhecidos na nação, após ungir o rei. Da mesma forma que sua mãe teve motivos para se alegrar com seu nascimento, toda a nação de Israel teria no futuro motivos de sobra para se alegrar com tal homem colocado por Deus no meio do povo.

Mas não foi bem assim. A nação continuou com seus "altos e baixos" na questão moral e espiritual. Os próprios filhos de Samuel não refletiam seu caráter piedoso, a ponto do povo não ter confiança neles.
  
Assim, de acordo com o passar dos dias e como Samuel envelhecia, o povo passou a pressionar para que lhes desse um rei, alguém que comandasse a nação, que a fizesse forte. Com relutância, depois que recebe de Deus a confirmação, ele acaba cedendo.
  
Dessa forma, Saul, homem vistoso e carismático, é escolhido para tornar-se o primeiro rei. Mas não teve paciência de esperar pelo agir do Senhor. Exatamente por conta de sua impaciência, exerceu funções sacerdotais, em vez de esperar por Samuel. Depois de desprezar os mandamentos de Deus, foi rejeitado por Ele. 
  
Após essa rejeição, Saul tornou-se uma figura trágica, consumida por ciúme e medo, perdendo gradualmente a sua sanidade. Gastou os seus últimos anos numa incansável perseguição a Davi (que antes havia sido alguém que ajudara a acalmá-lo em momentos de angústia e opressão, através da música), pelas regiões montanhosas e desérticas do seu reino, num desesperado esforço, buscando matá-lo. Davi, no entanto, encontrou um aliado em Jônatas, filho de Saul. Ele advertiu Davi sobre os planos do seu pai para matá-lo. Finalmente, depois que Saul e Jônatas são mortos em batalha, o cenário está pronto para que Davi se torne o segundo rei de Israel. 
  
Esboço de 1 Samuel 
 Último dos Juízes e Primeiro dos Profetas 1.1 - 8.22
   Nascimento e dedicação 1.1 - 2.11
   Eli fracassa com seus filhos 2.12-36
   A primeira revelação a Samuel 3.1-21
   Guerra contra os Filisteus 4.1 - 7.14
   Samuel como Juiz – O povo pede um rei 7.15 - 8.22
  
Saul: o primeiro rei de Israel 9.1 - 15.35
   Unção e Apresentação 9.1 - 10.27
   Batalha, Vitória e escolha 11.1-15
   Samuel deixa seus afazeres seculares 12.1-25
   Reinado consolidado 13.1 - 14.52
   Declínio espiritual 13.1-15
   Sucesso de Jônatas 13.16 - 14.23
   Violação de Jônatas a uma ordem de Saul 14.24-45
   Outras vitórias 14.46 – 48 e 52
   Genealogia 14.49-51
   Campanha punitiva contra os Amalequitas 15.1-35
   Obediência parcial de Saul 15.1-31
   A execução de Agague 15.32-33
   Rejeição de Saul 15.34-35
  
Davi 16.1-33.13
   A escolha de Davi 16.1-23
   Davi e Golias 17.1-54
   Parentesco de Davi e Saul 17.55 - 20.42
   Amizade com Jônatas 18.1-7
   Hostilidade de Saul 18.8 - 19.17
   Fuga de Davi 19.18-24
   Intervenção de Jônatas 20.1-42
   O Exílio de Davi 21.1 - 25.44
   Davi recebe ajuda do Sumo Sacerdote 21.1-15
   Novas pessoas com Davi 22.1-5
   Vingança de Saul contra Abimeleque 22.6-23
   Davi livra os homens de Queila 23.1-14
   Davi poupa a vida de Saul 23.15 - 24.22
   A morte de Samuel 25.1
   Davi e Nabal 25.2-44
   Davi poupa a vida de Saul mais uma vez 26.1-25
   Davi se estabelece em Ziclague 27.1-12
   Saul Busca a médium de Endor 28.1-25
   Os Filisteus se recusam a confiar em Davi 29.1-11
   Saque de Ziclague e perseguição por Davi 30.1-31
  A derrota e morte de Saul e Jônatas 31.1-13


sábado, dezembro 24, 2011

O cheiro de Deus


Está no Portal Evangélico Compartilhando Na Web 07/07/2006.


Um vento frio dançava ao redor da noite enquanto o médico caminhava pelo pequeno hospital até o quarto de Diana.

Ainda meio grogue por causa da cirurgia, seu marido David segurava sua mão, esperavam pelas últimas notícias. Naquela tarde de 10 de março de 1991, complicações tinham forçado Diana, com apenas 24 semanas de gravidez, a sofrer uma cesariana de emergência, trazendo ao casal a nova filha, Danae.

Com apenas 31 centímetros e pesando só 711 gramas, eles sabiam que ela era  perigosamente prematura. As palavras do médico caíram como bombas,

- Eu não acredito que ela sobreviverá. Disse ele, tão bondosamente quanto ele podia.

- Há apenas 10 por cento de chances dela passar por esta noite, e mesmo então, se por alguma remota possibilidade ela sobreviver, seu futuro pode ser muito cruel.

Entorpecidos e incrédulos, David e Diana escutaram o médico descrever os  problemas que Danae enfrentaria se sobrevivesse. Ela nunca andaria, ela nunca falaria, ela provavelmente seria cega, e certamente estaria entre a  paralisia cerebral e o total retardamento mental.

- Não! Não! Foi tudo o que Diana pode dizer.

Ela e David, com seu filho Dustin de 5 anos, muito sonharam com o dia em que teriam uma filha. Agora, em questão de horas, o sonho se perdia. Durante a madrugada, enquanto Danae agarrava-se ao tênue fio de vida,  Diana, entre um sono e outro, via crescer a ideia de que sua minúscula  filha viveria e viveria para ser uma menina feliz e saudável.

Mas David, plenamente acordado, sabia que deveria confrontar sua esposa com o inevitável. David então disse que precisavam conversar sobre o enterro.

Diana disse,

- Não, eu não quero escutar o que os médicos dizem; Danae não morrerá! Um dia ela estará bem e voltará para casa conosco! Como que levada pela determinação de Diana, Danae agarrou-se a vida, hora  após hora, com a ajuda de todas as máquinas e maravilhas que seu corpo em  miniatura podia suportar.

Por ter o sistema nervoso subdesenvolvido, o mais leve beijo ou carícia só intensificavam o incômodo de Danae. Então não podiam sequer levantá-la do berço para oferecer a força de seu amor. Tudo o que podiam fazer, era orar pedindo à Deus que ficasse bem pertinho de sua menininha preciosa.

Com o passar das semanas, Danae ganhou um pouco de peso e força. Quando completou dois meses, seus pais puderam dar-lhe o primeiro abraço. E dois meses mais tarde, embora médicos continuassem a advertir que suas possibilidades de sobrevivência eram remotas, Danae foi para casa, assim como sua mãe tinha predito.

Hoje, Danae é uma pequenina menina, mas exuberante com resplandecentes olhos acinzentados e um insaciável entusiasmo pela vida. Ela não mostra nenhum sinal de qualquer dano mental ou físico. Simplesmente, é tudo o que uma menininha pode ser.

Numa quente tarde do verão de 1996, Danae estava sentada nas arquibancadas de um estádio, assistindo ao jogo do time de Dustin, seu irmão. Como sempre, Danae tagarelava sem pausa com sua mãe e com os outros adultos sentados por perto, quando, de repente, ela se deixou cair silenciosa.

Abraçada e com a cabeça encostada ao peito da mãe, Danae perguntou,

- Está sentindo este aroma?

Cheirando o ar e detectando a aproximação de um temporal, Diana respondeu,

- Sim, cheiro de chuva. Danae fechou os olhos e novamente perguntou,

- Você está sentindo este cheiro?

Mais uma vez, sua mãe respondeu,

- Sim, acho que vamos nos molhar, é cheiro de chuva.

Danae sacudiu a cabeça, e falou bem alto,

- Não, é o cheiro Dele. É o cheiro de Deus que eu sinto quando coloco a cabeça em Seu peito.

Lágrimas molharam os olhos de Diana enquanto Danae alegremente pulou para baixo e foi brincar com as outras crianças.

Antes das chuvas chegarem, as palavras de sua filha confirmaram o que Diana e toda a família já sabia, pelo menos em seus corações, desde o início. Durante aqueles longos dias e noites de seus primeiros meses de vida, quando seus nervos eram por demais sensíveis para que pudessem tocá-la, Deus segurava Danae contra Seu peito e é Seu perfume de amor que ela se lembra tão bem.


quarta-feira, dezembro 21, 2011

Comentário de livro Biblico: Rute

 Está no Portal Evangélico Compartilhando Na Web 23/07/2007.


Autoria e Data
O livro revela apenas seu cenário. Em 1.1 lemos: “Nos dias em que julgavam os juízes...”. Isso nos faz pensar que o livro foi escrito depois desse tempo, uma vez que é citado que a história aconteceu quando os juízes julgavam a terra. Isso nos mostra que o livro foi escrito depois do tempo dos juízes, mas a história relatada se deu durante esse período. E apesar de se passar no período dos juízes, o livro relata a genealogia de Davi no final, dando-nos a certeza que realmente foi escrito em período posterior aos juízes, quando Davi já tinha sua importância em Israel, pois se assim não fosse, não seria citado dessa forma (4.13-22).

A tradição rabínica assegura que Samuel escreveu o livro na segunda metade do século XI a. C. Já o pensamento crítico mais recente sugere uma data pós-exílica bem mais tardia (cerca de 500 a. C.).

Mas a ideia que Samuel (ou alguém ligado a ele) tenha escrito o livro é muito plausível. Podemos imaginar que Samuel, que testemunhou o declínio do reinado de Saul e foi divinamente instruído para ungir Davi como escolhido de Deus para o trono, tivesse realmente o livro, na tentativa de mostrar a provisão de Deus na vida de pessoas simples e com dificuldades, para que o povo pudesse entender o quanto o Senhor amava seu povo. A ideia era mostrar a genealogia de Davi, que a conclui o livro, para indicar a clara conexão entre no novo rei os patriarcas, oferecendo assim uma resposta a todos aqueles que, em Israel, indagassem pelo passado familiar do seu rei. Sem contar, é claro, com mais uma vez a provisão de Deus na vida de um personagem que auxilia na mudança da vida do povo, como foi com Abraão (saindo de casa e tendo seu nome mudado), Jacó, José (vendido como escravo, dado como morto para seu pai e provê o sustento de sua família), Moisés (tirado do rio e criado na casa de Faraó, quando a ordem era matar todos os meninos hebreus que nascessem)... Davi vem de uma família onde os homens morreram, deixaram as mulheres viúvas e sem filhos, fora de sua terra (no caso de Noemi), uma das noras resolve continuar com a sogra, mesmo sem perspectivas de melhoria na vida (numa sociedade onde o homem deve prover o sustento), é rejeitada pelo primeiro na linha da remissão, mas encontra o cuidado do Senhor, mesmo diante das adversidades, para dar sequência a essa história e permitir ao povo de Israel o grande líder Davi.

O livro 
O livro possui 4 capítulos e 85 versículos:

- Primeiro capítulo (22 versículos): Um homem sai de sua terra com a sua família. Elimeleque, Noemi, Malom e Quiliom. Passado algum tempo, Elimeleque morre e Noemi fica com seus dois filhos que se casam com Rute e Orfa. Mais algum tempo, Malom (marido de Rute) e Quiliom (marido de Orfa) também morrem e, Noemi sabendo que a situação em sua terra melhorara, resolve voltar. Nada mais justo que ela, Noemi resolvesse dizer as suas noras que ficassem. Orfa acaba ficando; Rute não. Rute aí demonstra uma prova de fidelidade e amor muito grande a sua sogra, pois resolve ir para uma terra para ela estranha, mesmo sabendo que Noemi não teria possivelmente outros filhos (uma vez que era prática que uma viúva se casasse com outro irmão do falecido) e decide ficar com ela até a morte (v. 17). 

- Segundo capítulo (23 versículos): Rute agora demonstra respeito a Noemi, pois procura com ela a permissão para ir fazer algo no que diz respeito ao trabalho. Boaz, dono do campo onde Rute estava, procura saber quem é ela e também a ajuda, dando-lhe permissão para continuar e dando ordens aos outros que deixassem algo para ela. Noemi se alegra ao saber que Boaz recebera Rute dessa forma, pois era ele parente dela e, como tal, passava a ser o possível remidor (Aquele que iria ajudar a uma viúva. Existia uma ordem que ia desde o parente mais próximo do falecido – irmão, até o parente mais distante) delas pela lei. Noemi, que já tinha se chateado muito com tudo o que acontecera (as mortes), começa a ver a mão do Senhor operando bênçãos com relação a ela e Rute.

- Terceiro capítulo (18 versículos): O fato de Rute continuar respeitando o que Noemi fala, faz com que ela, com sua obediência, continue achando graça aos olhos de Boaz. Este, por sua vez, se sente tocado em ajudar a Rute e Noemi. Mas havia um outro parente mais próximo de Noemi que, pela lei, seria o primeiro a ter que tomar a iniciativa de ajudar a Noemi e Rute. Boaz diz a Rute que vai procurar esse parente e, se ele não se dispuser a ajudar, ele, Boaz, fará e também tomaria Rute por sua mulher.

- Quarto capítulo (22 versículos): Boaz procura o parente mais próximo que diz que não irá ser o remidor de Rute e Noemi, porque não queria que Rute causasse problemas à sua herdade. O parente mais próximo, num primeiro momento, diz cuidar de Noemi, mas ao saber de Rute, entrega a responsabilidade, como mandava a lei, com testemunhas, para Boaz. Este se casa com Rute e tem com ela um filho, Obede, que seria, mais tarde, avô de Davi.

Esboço de Rute
I. Uma família hebraica em Moabe 1.1-22
  Dor e sofrimento 1.1-5
  Dedicação e promessa de Rute 1.6-18
  Retorno a Belém 1.19-22

II. Uma mulher humilde no campo da colheita 2.1-23
  Rute no campo de Boaz 2.1-3
  Generosidade e proteção de Boaz 2.4-17
  Noemi reconhece o cuidado de Deus 2.18-23

III. O cuidado de Deus 3.1-18
  Orientação de Noemi 3.1-5
  Obediência de Rute 3.6-13
  Recompensa pela obediência 3.14-18

IV. Parente e remidor 4.1-22
  Boaz, o remidor escolhido por Deus 4.1-12
  Casamento de Boaz com Rute 4.13
  Benção de Deus sobre Noemi 4.14-17
  Genealogia de Davi 4.18-22


quarta-feira, janeiro 19, 2011

Comentário de livro Bíblico: Juízes

Está no Portal Evangélico Compartilhando Na Web 13/07/2007.

Autor
O autor de Juízes é desconhecido. Podemos pensar que o livro já estava escrito quando Davi tomou Jerusalém. E, mesmo sem certeza, há uma grande possibilidade do autor de Juízes ser o profeta Samuel ou, pelo menos, o autor do livro teria usado alguns registros históricos feitos por Samuel, que também era escritor (1 Samuel 10.25). A crise apresentada no Apólogo de Jotão (9.7-18) é bem característica da época de Samuel, quando o povo pede um rei e ele tenta argumentar em contrário, até que o Senhor dá a ordem do que fazer (1 Samuel 8-10). Por conta disso, entendemos que o livro tem grande influência de Samuel, se é que ele não escreveu ao menos partes do mesmo. Pode, inclusive, ter escrito o livro todo.

Data do livro
O Livro de Juízes cobre o período entre a morte de Josué e a instituição da monarquia. A data real da composição do livro é desconhecida. No entanto, as evidências internas que citamos acima (Apólogo de Jotão, por exemplo) indicam que ele foi escrito durante o período inicial da monarquia, ainda no reinado de Saul, antes da morte de Samuel. Esta data tem o apoio de dois fatos:
1) As palavras “naqueles dias, não havia rei em Israel” (17.6) foram escritas num período em que Israel tinha um rei (se existe a necessidade de declarar que não havia rei antes, é porque a situação mudou);
2) A declaração de que “os jubuseus habitaram com os filhos de Benjamim em Jerusalém até ao dia de hoje” (1.21) aponta para um período anterior à conquista da cidade de Jerusalém por Davi (2 Samuel 5.6,7).

O livro
Juízes cobre um período complicado na história de Israel: cerca de 1380 a 1050 a. C. Sob a liderança de Josué, Israel conquistou e ocupou de forma geral a terra de Canaã, mas grandes áreas ainda ficaram para novas lutas e para serem conquistadas pelas tribos individualmente.
Israel praticava continuamente o que era mau aos olhos do Senhor e reto aos seus olhos (21.25). Ao servirem de forma deliberada a deuses estranhos (deuses dos povos já conquistados ou até mesmo daqueles que ainda não tinham sido conquistados), o povo de Israel quebrava a sua aliança com o Senhor. Em consequência, o Senhor não dava vitória em batalhas travadas.
No livro de Juízes, temos um movimento de queda e acerto. Cada vez que o povo clamava ao Senhor, Ele, com fidelidade à aliança firmada com o povo anteriormente, levantava um juiz a fim de prover libertação ao seu povo. Estes juizes, escolhidos e ungidos pelo Senhor, eram militares e civis. A liderança desses Juízes fazia o povo caminhar em retidão debaixo da vontade do Senhor. Mas sempre que morria um juiz, o povo voltava a praticar o que era errado. Iniciava um novo ciclo de queda espiritual, derrota nas batalhas, clamor pela intervenção divina e novamente, liderado por um juiz, conseguia vitória e passava por um período realizando a vontade do Senhor. Parecia que o povo sentia a necessidade de uma liderança na terra para continuar seguindo a vontade do Senhor. Isso parece ser o prenúncio da monarquia, que por conta da história dos juízes parece que seria uma chance do povo seguir a vontade do Senhor, mas que se mostrou infrutífera, principalmente quando o rei não buscava realizar a vontade do Senhor. Mas isso está em outros livros da Bíblia.

Esboço de Juízes
I. Introdução: Canaã após a morte de Josué 1.1-3.6
Continuidade das conquistas 1.1-26
Ainda não foi completa a conquista 1.27-36
A aliança do Senhor é quebrada 2.1-5
Introdução ao período dos juízes 2.6 –3.6
II. História de declínio espiritual e acertos com o Senhor durante o período dos juízes 3.7-16.31
Otniel 3.7-11
Eúde 3.12-30
Sangar 3.31
Débora e Baraque 4.1 - 5.31
Gideão 6.1 - 9.57
Tola 10.1-2
Jair 10.3-5
Jefté 10.6-12-7
Ibsã 12.8-10
Elom 12.11-12
Abdom 12.13-15
Sansão 13.1 - 16.31
III. Conclusão: Condições que ilustram o período dos juízes 17.1-21.25
Apostasia: A idolatria de Mica e a migração dos danitas 17.1 –18.31
Imoralidade: Atrocidade em Gibeá e a guerra benjamita 19.1-21.25

sábado, janeiro 15, 2011

Filosofia religiosa na barbearia

Está no Portal Evangélico Compartilhando Na Web 23/06/2006.

Certa feita um homem foi ao barbeiro. Enquanto tinha seus cabelos cortados, conversava com o barbeiro, falava da vida e de Deus. Em determinado momento do papo, o barbeiro incrédulo não aguentou e falou:

- Deixa disso, meu caro, Deus não existe!

- Por que?, indagou o cliente.

- Ora, se Deus existisse não haveria tantos doentes, mendigos, pobres etc.. Olhe em volta e veja quanta tristeza. É só andar pelas ruas e enxergar!

- Bem, esta é a sua maneira de pensar, não é?

- Sim, Claro!, respondeu por fim o barbeiro

O freguês pagou o corte e foi saindo, quando avistou um maltrapilho imundo, com longos e feios cabelos, barba desgrenhada, suja, abaixo do pescoço. Não aguentou, deu meia volta e interpelou o barbeiro:

- Sabe de uma coisa? Não acredito em barbeiros!

- Como?, inquietou-se o barbeiro.

- Sim, se existissem barbeiros, não haveria pessoas de cabelos e barbas compridas!

- Ora, existem tais pessoas porque evidentemente não vem a mim!

- Que bom. Agora você tem algo para pensar melhor sobre a existência de Deus...

Mateus 11.28 – “Vinde a mim, todos os que estais cansados e oprimidos, e eu vos aliviarei."

quarta-feira, janeiro 12, 2011

Comentário de livro Bíblico: Josué

Está no Portal Evangélico Compartilhando Na Web 09/07/2007.

Autoria
A autoria do Livro de Josué não pode ser determinada.
Há um forte indício que o autor seja alguém que acompanhou os dias dos acontecimentos e tenha terminado a obra após a morte de Josué (que é relatada no final do livro). Por se tratar de eventos que aconteceram em sua maioria nos dias de Josué, o livro teria recebido seu nome.
Além disso, a definição de autoria, por conta da situação no mundo antigo que o autor se torna quem começou a escrever ou quem começou a dar ensinamento em certo assunto ou história (a falta de preocupação com Direitos Autorais), torna-se mais complicada. O próprio Josué deve ter iniciado a escrituração desse livro, como vemos em 24.26.

Como no caso do Pentateuco, que é de autoria Mosaica, mesmo que Moisés não tenha escrito tudo, Josué é considerado de autoria do próprio Josué, que liderou o povo na tomada da Terra Prometida. Mesmo que tenha escrito pouco ou muito, no mundo antigo isso não importava. Ele começou esse ensinamento, foi por conta dele que tal história foi passada a diante, logo ele era o autor, mesmo sem escrever tudo.
Há eventos que, historicamente, aconteceram após a sua morte e são relatados dentro do livro, o que nos permite ter certeza que a autoria completa do livro não é dele. Além da sua própria morte (que foi descrita e não podemos acreditar que ele próprio tenha feito isso), vemos:
A vitória de Otniel (15.13-17); e
A migração para Dã (19.47).
Passagens paralelas em Juízes 1.11-15 e Juízes 18 confirmam que esses acontecimentos ocorreram após a morte de Josué.

É mais provável que o livro tenha sido composto em sua forma final por um escriba ou editor posterior, mas foi baseado em documentos escritos por Josué ou mesmo com base na tradição oral (a história contada) deixada por Josué.

Data
O Livro de Josué cobre cerca de vinte anos da história de Israel sob a liderança de Josué, assistente e sucessor de Moisés.

A data comumente aceita da morte de Josué é por volta de 1375 a. C., o que nos faz pensar que o livro engloba a história de Israel entre 1400 a. C. e 1375 a. C. e é provável que tenha tido a escrituração final pouco tempo depois. É claro que no esforço literário do tempo dos Reis Davi e Salomão algo pode ter sido acertado no livro, mas esse é (como o Deuteronômio e o Levítico) um livro que pouco deve ter sido mexido naquele esforço literário.

O Livro
O livro começa pouco antes da entrada de Israel em Canaã. Politicamente, Canaã se dividia em várias cidades-estados, cada uma com seu governo autocrático e todas hostis umas com as outras. Moralmente, as pessoas eram depravadas; a anarquia e a brutalidade eram comuns. A religião Cananéia enfatizava a fertilidade e o sexo, adoração da serpente e o sacrifício de crianças. O cenário estava estabelecido e a terra propícia para a conquista.

Em contrapartida, o povo de Israel tinha vivido em servidão aos Faraós egípcios e depois ficou perambulando no deserto por aproximadamente quarenta anos. Entretanto, embora imperfeitamente, continuavam fiéis ao único e verdadeiro Deus e se apegavam à promessa que Ele tinha feito ao antepassado deles, Abraão. Séculos antes, Deus havia prometido transformar Abraão e seus descendentes em uma grande nação e dar-lhes Canaã como pátria sob a condição de que eles continuassem fiéis e obedientes a Ele (Gênesis 12 e 17). Agora, eles estavam prestes a vivenciar o cumprimento dessa promessa.
O Livro de Josué é o sexto do Antigo Testamento e alguns estudiosos até entendem que ele faça parte do grupo que forma os cinco primeiros livros (o Pentateuco) e chama essa junção dos seis livros de Hexateuco. Muito mais porque o livro de Josué encerra o ciclo iniciado no Gênesis, quando da promessa da Terra a Abraão, com a tomada dessa Terra.
Mas, historicamente, o Pentateuco é formado pelos cinco primeiros livros (a Torá, para os Judeus – de autoria Mosaica) e Josué passa a figurar na Bíblia como o primeiro dos 12 Livros Históricos. No texto Hebraico, ele está no grupo dos livros dos Profetas Anteriores. A divisão do texto Hebraico é diferente da divisão que temos em nossa Bíblia em Português. A sequência dos livros é diferente e a organização de grupos também o é.
Esse grupo de Profetas Anteriores mostra o desenvolvimento do Reino de Deus na Terra Prometida até o cativeiro da Babilônia. Um período de cerca de novecentos anos. Josué narra o período da entrada de Israel em Canaã através da conquista, divisão e estabelecimento da Terra Prometida. E vale a pena ressaltar que 1 e 2 Crônicas foram escritos assumidamente após o Exílio (cf. 1 Crônicas 9).

Esboço de Josué
I) Preparando-se para a Conquista 1.1 – 5.15
1) Josué é sucessor de Moisés 1.1-9
2) Preparativos para a travessia do Jordão 1.10 – 2.24
3) A travessia 3.1 – 4.25
4) Acampamento em Gilgal 5.1-12
5) Deus anima Josué para a conquista da Terra 5.13-15
II) A conquista de Canaã 6.1 – 12.24
1) Jericó 6.1-27
2) Pecado de Aça – Derrota de Israel 7.1-26
3) Vitória em Ai 8.1-29
4) Altar no Monte Ebal 8.30-35
5) Os Gibeonitas 9.1-27
6) Conquista do Sul de Canaã 10.1-43
7) Revisão da conquista 11.16 – 12.24
III) Divisão da Terra 13.1 – 21.45
1) Porções Não conquistadas de Canaã 13.1-7
2) Tribos Orientais 13.8-33
3) Tribos Ocidentais 14.1 - 19.51
4) Cidades Refúgio 20.1-9
5) Cidades para Sacerdotes e Levitas 21.1-45
IV) Epílogo 22.1 – 24.33
1) Retorno das Tribos Orientais e eventos 22.1 – 23.16
2) O Discurso de Despedida de Josué 24.1-28
3) A morte de Josué 24.29-33

segunda-feira, janeiro 10, 2011

Livro: A busca do Caráter


A Busca do Caráter lança você numa jornada de toda a vida -- implacável procura de integridade e poder interior.

Em quarenta tocantes leituras devocionais, Swindoll chama você de volta aos valores reais da vida: honestidade, pureza, coragem, convicção, compromisso, sinceridade, determinação para amar, e uma fé profunda.

São estes valores que determinam quem você realmente é. O que é que você busca? Qual é o sonho de toda a sua vida?

Há alguma coisa que o vem dominando ao ponto de captar e manter a sua atenção ao longo dos anos? 'Se não houver uma busca', afirma Charles Swindoll neste livro, 'a vida rapidamente se reduz a uma nódoa escura, mancha descorada, ou uma dieta monótona demais para arrancar a pessoa da cama, de manhã. A busca alimenta o nosso fogo... incita-nos a prosseguir.'